A Arte de Argumentar
Para Abreu (2001), saber argumentar é integrar-se ao universo do outro com a obtenção do que queremos de modo cooperativo e construtivo. Isto posto, o autor discute necessidade de desenvolver o gerenciamento de informação, pois passamos a maior parte do tempo defendendo e argumentando sobre nossos pontos de vista.
Para gerenciar a informação, é importante que saibamos selecioná-las, diversificando as nossas fontes. Assim, torna-se imprescindível transformar uma informação em conhecimento. Abreu alerta para o perigo de restringir o ponto de vista apenas às informações que são apresentadas pela mídia, pois pode-se não enxergar toda a situação. É preciso que se examinem todos as possibilidades para que se tenha o conhecimento verdadeiro acerca das informações.
O autor aborda um conceito prático sobre argumentação, que consiste na arte de convencer e persuadir, em que, convencer é saber gerenciar informação é falar à razão do outro e persuadir é falar a emoção do outro. Em seguida, Abreu (2001:26) faz uma distinção entre argumentar, convencer e persuadir:
“Argumentar é, pois, em ultima análise, a arte de, gerenciando informação, convencer o outro de alguma coisa no plano das ideias e de, gerenciando a relação, persuadi-lo, no plano das emoções, a fazer alguma coisa que nós desejamos que ele faça”.
A principal diferença é que convencer é mudar a ideia de uma pessoa, enquanto persuadir atua no campo da emoção, é fazer a outra pessoa agir.
Abreu (2001) busca esclarecer o berço da argumentação, para tanto, começa fazendo um passeio histórico, falando sobre a Grécia antiga, sobre como eles valorizavam a retórica do discurso. A retórica, ou arte de convencer e persuadir, surgiu em Atenas e foi criada pelos sofistas, que dominavam a arte de argumentar. Para eles, o mais importante era a capacidade de persuadir o outro, de modo a acreditar em qualquer que fosse o seu ponto de vista, independentemente da