A ARTE DA NARRATIVA HIST RICA
Texto de François Hargot que compõe o livro Passados Recompostos Campos e Canteiros da História.
“Narrativa entre outras, a história singulariza-se, no entanto, pela relação específica que mantém com a verdade, pois ela tem, de fato, a pretensão de remeter a um passado que realmente existiu. O que pode então, a partir daí, diferenciar o enredo histórico e o enredo romanesco?”(p.193)
No texto, o historiador francês François Hartog, começa questionando sobre como o historiador expõe uma história? Seria como se lê um romance? Ou como poderia ser lido e como garantir que realmente trata-se de um fato histórico ou acontecimentos realmente ocorridos?(p.193) Alerta pois, aos historiadores que para contar ou narrar história em um livro, é necessário saber traduzir bem suas palavras e intenções. Explicando os arquivos inéditos examinados, pois num livro pode ser lido: a montagem, o enredo, a escrita (fazendo com que o leitor possa entregar-se ao prazer da leitura, instruindo-se e divertindo-se ao mesmo tempo, tal qual quando da leitura de uma obra de ficção(p.193) Indicar ao leitor, quando se tratar de um romance histórico, com precisão e criatividade na arte da escrita, o que fará prender a atenção do leitor. Hartog, indaga, a história conta? Certamente de algum modo, pois há lugares para isso e a " história-narrativa" não é mais uma responsabilidade dos historiadores. A história constitui-se em disciplinas, fundamentada em modelo das ciências naturais, pela ciência contra a arte, como observação e análise e leitora de documentos.(p194) Dependendo do interesse pelo fato da narrativa vir acompanhada de questionamentos acerca da cientificidade da história. Cita as censuras reafirmadas por Fustel de Coulanges e ainda as instruções de Langlois e de Seignobos, quando diz que a narrativa é sinônimo de afetação e ingenuidade.(p.194) E ainda faz alguns questionamentos de outros