A Animalização em Graciliano Ramos
Introdução
Apresenta-se um estudo sobre as relações entre o humano e a desconstrução da sua identidade, e, por conseguinte, sua animalização, quando da ausência da capacidade de comunicação acarretada pelas condições insalubres de trabalho e vida rústica.
A reciprocidade desenvolvida em relacionamentos dessa natureza traz à tona questionamentos quanto às fronteiras hoje não muito claras, entre as dicotomias relacionadas ao corpo humano como vida e morte, homem e trabalho, sua função laboriosa, que o transforma em um ser feitor de tarefas automáticas, abdicando de sua individualidade e capacidade linguística, em outros termos, se animalizando, servindo como força motriz para os meios de produção.
Propõe-se a busca de um entendimento sobre o que é o ser humano na atualidade, quais seus limites físicos, psíquicos, linguísticos e seu lugar na nova ordem mundial de produção e consumo em nossa sociedade.
Para tal intento, utilizar-se-á de dados bibliográficos e análises indutivas em uma abordagem qualitativa.
Palavras Chave:
Animalização; trabalho; literatura; comunicação.
Justificativa
As consequências sociais e pessoais de qualquer extensão humana são resultado direto de como, individualmente, se fazem as relações com o meio a que está submetido o Homem. Desta relação surgem problemáticas bastante relevantes como a dificuldade de adequação vocabular, o não domínio de estruturas comunicativas, a desvalorização do individuo enquanto força de trabalho, e a sua decorrente desumanização, sua depreciação humana perante a máquina e os meios de produção, sua exaustão física e mental numa limiar que o aproxima dos animais de força motriz.
Pode-se afirmar que a função que a linguagem cumpre no desenvolvimento do ser humano é algo insubstituível. Como