A ALTA DO DOLAR NA ECONOMIA
Alimentos e bebidas
A alta do dólar torna o setor um pouco mais competitivo - dependendo de quem importa mais ou menos insumos. Mas, basicamente, é a lógica dos produtos manufaturados, que ficam mais competitivos com a alta do dólar.
Quando ocorre desvalorização cambial, o mais esperado é aumentar a exportação de manufaturados. Apesar de ser necessário observar caso a caso, para os manufaturados, uma parte relevante do custo de produção está em reais – os salários, por exemplo. Assim, o custo cai com a desvalorização da moeda, mais acentuadamente para quem usa insumos locais e menos para quem usa importados.
No caso de alimentos e bebidas, com a maior competitividade, os fabricantes podem reduzir o preço do produto em dólar para aumentar as vendas no exterior ou aumentar o preço no Brasil em decorrência do aumento de preço dos concorrentes importados.
Automóveis
No custo de produção do automóvel há uma parte dolarizada que fica mais cara com o real desvalorizada, mas como há grande parte determinada em reais, como salários, impostos, entre outros, o preço de produção em reais não sobe tanto, enquanto o preço, em dólar, cai.
O carro brasileiro fica mais competitivo para exportações e também no mercado doméstico em relação aos importados. Cada empresa se beneficia mais ou menos dependendo do quanto ela exporta daquilo que é produzido e do quanto ela importa para produzir.
Aviação
As empresas aéreas sentem a alta do dólar por terem custos majoritariamente dolarizados – o combustível é o principal deles. As aéreas que vendem mais passagens internacionais acabam ficando menos expostas do que aquelas cujo foco é nacional. De maneira geral, é meio óbvio que para as empresas do setor de aviação há maior impacto do lado de custos, mas não é óbvio dizer que todas terão efeito semelhante, pois cada uma tem seu portfólio de receita, que dá ou não hedge natural.
Eletrônicos
No mercado doméstico, os produtos nacionais ficam mais competitivos