A Agua no Continente Africano
Recursos hídricos na África Apesar de ser a região com pior abastecimento de água do mundo, a África dispõe de abundantes recursos hídricos: as suas terras são abençoadas pelo rio mais comprido do mundo, o rio Nilo, com 6671 km e cujas águas se estendem por dez países; o rio Congo, com 4200 km, o segundo mais caudaloso do mundo; o Níger (4160 km), o Senegal (1600 km), o Zambeze (2600 km), o Orange (1860 km) ou o Limpopo (1600 km) … Também dispõe de numerosos grandes lagos, como o lago Vitória, o lago Tanganica, o Niassa, o Eduardo, o Kivu e o Turkana. Alguns destes lagos estão seriamente danificados ou reduzidos. O caso mais doloroso é o lago Chade, que até há bem pouco era o sexto maior do mundo e que, nas últimas quatro décadas, viu reduzido o seu tamanho em 90 por cento. Houve tempos em que viviam da pesca uns 150 000 pescadores do lago Chade. Hoje, as populações autóctones viram-se obrigadas a procurar outras fontes de alimentação e de subsistência ou a emigrar para as grandes cidades. A África conta também com abundantes aquíferos, como o Sistema Aquífero Núbio, situado debaixo do deserto da Núbia no Sudão e que ocupa parte do subsolo do Egipto, da Líbia, do Chade e do Sudão; O Sistema Aquífero do Sara, na Argélia, Líbia e Tunísia; o Vale Murzuk, entre a Argélia, a Líbia e o Níger; o Sistema Aquífero Iullemeden, entre o Mali, o Níger e a Nigéria; e o Aquífero da Bacia do Lago Chade, entre o Níger, a Nigéria, o Chade e os Camarões. Barragens na África No continente africano existem à volta de 1270 grandes barragens. Sessenta por cento localizam-se na África do Sul (539) e no Zimbabué (213). Todas foram construídas nos últimos 40 anos: cinquenta e dois por cento para rega, vinte por cento para abastecimento de água a núcleos urbanos e cerca de seis por cento para a produção de energia eléctrica. As barragens provocaram graves consequências sociais e no meio ambiente, diminuindo os recursos