A agricultura no mundo atual
Na área de comercio internacional sobre questões da agricultura, há um enorme impasse, considerando os subsídios que os países ricos dão, internamente, e a liberalização de tarifas aduaneiras para esses produtos. Essas questões vêm se arrastando desde 2001, quando os países membros da Organização Mundial de Comércio – OMC se reuniram em Doha, capital do Qatar, para traçar as linhas mestras do livre comércio de produtos agrícolas, reunião que ficou conhecida como a Rodada de Doha.
As negociações estão centradas em definir as modalidades de produtos que poderão ter tratamento diferenciado nos capítulos de agricultura e bens industriais, na hora de cortar tarifas de importação ou subsídios. Outra questão polêmica será a disputas entre países pelo mercado europeu de bananas, que pode travar a negociação em torno da definição da lista de produtos agrícolas considerados tropicais, que teriam acesso mais fácil a um mercado liberalizado.
Um grupo de países exportadores latino-americanos recusou a proposta da União Européia de reduzir suas barreiras para o produto nos próximos sete anos. Liderados pelo Equador, eles exigem uma liberalização profunda, que lhes permitam competir em igualdade de condições com os países do chamado ACP (África, Caribe e Pacífico), países mais pobres, beneficiados, atualmente, por um sistema preferencial de isenções de tarifas na Europa.
A questão básica dessa reunião se dá em torno da concessão de subsídios que os países ricos dão a seus produtos, prejudicando a entrada de produtos agrícolas de outros países, que, também, enfrentam questões internas. O Presidente Sarkozy já criticou, repetidamente, as ofertas de seu negociador-chefe sobre as ofertas do comissariado do comércio e alertou que não permitirá novas concessões no capítulo agrícola.
Por outro lado, a representação comercial americana sofre forte pressão do Senado dos Estados Unidos, para não aceitar um corte maior nos subsídios