A adolesc ncia n o foi sempre aquilo que hoje
Na antiguidade o período de transição entre a infância e a idade adulta variava muito conforme a civilização, mas de um modo geral, era imensa a diferença entre ricos e pobres e entre rapazes e raparigas.
Segundo Aristóteles, as idades dividiam-se em período de sete anos:
A primeira idade era a infância, que ia desde o nascimento até os sete anos. A segunda idade ia dos sete aos catorze anos.
A terceira idade chamava-se adolescência, e ia dos 14 até aos 21 anos. Seguia-se a juventude, idade em que a pessoa estaria na plenitude de suas forças e que durava até os 50 anos, quando se atingia, finalmente, a velhice.
A palavra adolescência vem do latim e significa crescer, ou crescendo, enquanto a palavra adulto, também do latim, significa crescido.
Só a partir do século XVIII é que as crianças e jovens passaram a ser tratados de uma forma específica. Até aí eram considerados pessoas iguais aos adultos com as mesmas obrigações na sociedade.
Hoje, a adolescência é tema de muitos estudos, programas, documentários, livros etc. e as opiniões são quase sempre contraditórias. No entanto, ninguém quer ouvir a opinião dos adolescentes.
Nós temos opiniões e gostaríamos que elas fossem ouvidas.
Mas nem sempre isso acontece…
A grande questão é que os adultos muito depressa se esquecem dos seus tempos de adolescência.
Esquecem-se do que faziam quando tinham a nossa idade. Esquecem-se do que sentiam quando os adultos menosprezavam a sua opinião ou a sua vontade. Mas sobretudo, na maior parte das vezes, os adultos são muito intolerantes com a nossa inexperiência e vontade incontrolável de experimentar tudo, principalmente aquilo que os adultos nos proíbem.
Cada um de nós tem a necessidade de conhecer o que nos rodeia, sejam locais, pessoas, experiências. É isso que nos faz crescer.
Os adultos e principalmente, os pais, não podem querer que cresçamos baseados nas suas experiências, nos seus conhecimentos e nas suas vontades em vez das