A aceitação da violencia
O cenário atrelado ao medo, implantado na sociedade atual, porém não exclusivo dessa época, trouxe a incorporação do caráter ordinário da violência. Ademais, a falta de uma moral virtuosa dos indivíduos acarretou na facilidade da disseminação da brutalidade a partir da omissão da bondade e da compreensão e aceitação do próprio uso da violência.
No âmbito de valores éticos, a sociedade aprendeu a sobreviver rodeada por maus costumes. Os sistemas econômicos, assegurados e protegidos pelos diferentes sistemas políticos já implantados, foram os primeiros a manifestar a necessidade da repressão e crueldade. Gerações nasceram às sombras de atrocidades cometidas pelas classes dominantes em todo território geográfico e por todas as nações. Dessa forma, a anexação da dinâmica da violência tornou-se natural e iminente, logo refletindo em uma sociedade corrompida.
A abordagem de uma educação mal engendrada no que compete à condutas e preceitos comprometeu o respeito, honestidade e harmonia social. No contexto contemporâneo, os indivíduos não se identificam com atos de carinho e afeto. A benevolência tornou-se estranha e cômica, ao passo que, na verdade, deveria ser exaltada. Ocupou-se, em seu lugar, o individualismo e o pragmatismo cultuando a brutalidade e a estupidez em qualquer segmento da vida. Não obstante, a banalização da violência diminuiu sua importância o que facilitou sua prática em quaisquer proporções.
O distanciamento interpessoal, nos dias de hoje, favoreceu no não reconhecimento e compreensão do próximo, dificultando o retorno de um sentimento fraterno e o exercício da solidariedade. Os indivíduos devem, a partir da educação, lapidar a ética e se posicionar em favor da cidadania, a fim de reverter o esfacelamento das relações humanas. A prática de uma conduta correta e não omissão de boas ações é um excelente começo para o fim da violência em favor da saúde