Zona autônoma temporária
ZONA AUTÔNOMA TEMPORÁRIA
Hakim Bey
Tradução: Patricia Decia & Renato Resende
Digitalização: Coletivo Sabotagem: Contra-Cultura (www.sabotagem.cjb.net)
"...desta vez, no entanto, eu venho como o vitorioso Dionísio, que transformará o mundo numa festa... Não que eu tenha muito tempo..."
Nietzsche
(em sua última carta "insana" a Cosima Wagner)
SUMÁRIO
Capítulo l
Utopias Piratas............................................................... 11
Capítulo 2
Esperando pela Revolução............................................. 15
Capítulo 3
A Psicotopologia da Vida Cotidiana ............................. 21
Capítulo 4
A Internet e a Web......................................................... 31
Capítulo 5
“Fomos para Croatã"..................................................... 43
Capítulo 6
A Música como um Princípio Organizacional.............. 57
Capítulo 7
A Ânsia de Poder como Desaparecimento.................... 63
Capítulo 8
Caminhos de Rato na Babilônia da Informação............ 71
Apêndice A
Caos Linguístico ........................................................... 75
Apêndice B
Hedonismo Aplicado..................................................... 79
Apêndice C
Citações Extras .............................................................. 81
Declaração Pirata, por Capitão Bellamy ..................... 85
O Jantar.......................................................................... 87
CAPÍTULO l
UTOPIAS PIRATAS
OS PIRATAS E CORS RIOS do século XVIII montaram uma
"rede de informações" que se estendia sobre o globo. Mesmo sendo primitiva e voltada basicamente para negócios cruéis, a rede funcionava de forma admirável. Era formada por ilhas, esconderijos remotos onde os navios podiam ser abastecidos com água e comida, e os resultados das pilhagens eram trocados por artigos de luxo e de necessidade. Algumas dessas ilhas hospedavam "comunidades intencionais", mini-sociedades que