Zamboni
Num sentido mais amplo, existe a pesquisa dos estudiosos da arte: teórico da arte, restaurador, historiador da arte entre outros.
Zamboni utiliza a expressão de pesquisa em arte para se referir à pesquisa da criação artística, cujo produto final seja a obra de arte.
Existem muitas dúvidas em relação à pesquisa em arte, pois segundo alguns artistas e teóricos, toda arte, pela sua própria natureza, é pesquisa, não cabendo distinções.
A abordagem feita no trabalho está mais relacionada ao caráter lógico e organizativo do processo de pesquisa em arte.
No capítulo um de seu livro, Zamboni trata das relações entre arte e ciência. O capítulo é dividido em três partes, sendo: “Arte e ciência como conhecimento”, “Intuição, intelecto e criatividade em arte e ciência” e “O Paradigma em arte e ciências”. Na primeira, o autor analisa a divisão do conhecimento humano, a partir de Descartes, em quatro conceitos básicos: evidência, divisão, ordem e enumeração. Em seguida, faz uma breve apresentação dos filósofos, citando Bacon, e o seu método experimental, indutivo, empírico; Galileu, e o uso da matemática para a física e Newton, responsável por unir os métodos de Bacon e Descartes.
É exposta outra discussão sobre a relação entre o pensamento científico e artístico, e a mudança de postura a partir do modernismo, onde o conceito de arte passou a ser visto como um veículo de conhecimento, “a arte não contradiz a ciência, todavia nos faz entender certos aspectos que a ciência não consegue fazer” (ZAMBONI, 1998: p.20).
Na segunda parte do capítulo, o autor estabelece uma relação entre os dois hemisférios do cérebro, o racional e o sensitivo, intuitivo; tanto os artistas quanto os cientistas utilizam os dois hemisférios, jamais um único. Para Zamboni, o racional e