Yoshi Oida FRAGMENTOS
Yoshi Oida
Fragmentos retirados do livro:
O ATOR INVISÍVEL. Yoshi Oida e Lorna Marshall.
São Paulo, Beca Produções Culturais, 2001.
O espectador tem que esquecer o ator. O ator tem que desaparecer.
O ator tem que mostrar a lua ao público e não mostrar a graça e a elegância do seu belo movimento ao apontar a lua.
O ator precisa se livrar (ter consciência – acho melhor) do seu corpo pessoal para descobrir e personificar o corpo da personagem
Cada personagem que interpretamos é único, individual, temos que procurar seu corpo específico.
O ator e o seu corpo
A primeira grande dificuldade do ator e se colocar diante do público logo de início.
Assim que o artista entra no palco, o espaço começa a ganhar vida; o “corpo da dança” começa a “dançar”. O corpo humano é o “sangue do corpo da dança”.
É preciso que o ator acostume o seu corpo com a idéia que sempre será observado.
O corpo do ator existe dentro do espaço cênico. É preciso ficar atento às direções que cercam nosso corpo. Onde está a frente, atrás, lados, em cima, em baixo?
No palco se trabalha com uma vida cheia de amplitude, nossas ações precisam ter “algo mais”. Quando atravessamos o palco precisamos ter em nossa mente o horizonte.
Atuar envolve também um nível fundamental: o das sensações básicas do corpo. O ator não pode ser teórico e nem prático, tem que aprender através do corpo.
O corpo do ator no palco é o mesmo do seu cotidiano, mas ele precisa ser maior e ter maior ressonância.
A atuação acontece através do corpo e não do cérebro.
O ator e a mente
Os atores em cena são marionetes sustentadas e manipuladas pelos fios de sua mente. Mas, se o público vê os fios a atuação não se torna interessante.
É essencial que o ator ocupe e exercite sua imaginação sempre que possível.
Para entender a relação entre tenso e relaxado, contraia completamente os músculos do corpo e, subitamente, solte os músculos. Nesse momento teremos uma noção do que é o oposto de “tenso”.
O segredo de relaxar está