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Os Evangelhos

A palavra “evangelho” vem do grego e significa “boa nova”. Esta boa nova é que Deus ama os homens como um pai ama os seus filhos, mesmo que eles façam o mal, e que lhes promete a vida eterna.

Jesus proclama-a durante três anos, pelos caminhos da Palestina, manifestou-a através dos seus encontros e das inumeráveis curas que efectuou. A sua morte, depois a sua ressurreição, deram-lhe uma realidade nova. Contudo, Jesus não deixou qualquer escrito.

Foram aqueles que o seguiram, os seus apóstolos, que, depois de o terem reconhecido como Filho de Deus, deram origem aos livros a que chamamos “os evangelhos”. O Evangelho com “E” maiúsculo designa a mensagem ensinada por Cristo. Os evangelhos (no plural e com “e” minúsculo) designam a consignação desta mensagem por escrito: os quatro evangelhos. Os evangelhos falam sobre toda a vida de Jesus: desde a anunciação do Anjo até à ascensão de Jesus; todos têm um momento máximo que é a paixão, a morte e a ressurreição de Cristo. Os evangelistas não pretendem explicar-nos pormenorizadamente a vida de Jesus, mas querem transmitir-nos o significado da sua vida. Escreveram manuscritos em folhas de papiro ou em peles de pergaminho.

Nenhum dos autores dos evangelhos conheceu verdadeiramente o Jesus da história.

O Evangelho de Marcos

Na comunidade em que vivia o apóstolo Pedro, um certo Marcos escutou muitas vezes Pedro falar de Jesus. E ele escreveu, por volta do ano 65 ou 70, o primeiro evangelho, para os habitantes de Roma, antigos adoradores dos deuses romanos, convertidos pouco antes a Jesus Cristo. O seu evangelho é o mais curto e fácil de ler. Anuncia o essencial da fé dos cristãos: Jesus é o Filho de Deus que veio mostrar, fazendo o bem, que o Reino de Deus está aí.

O Evangelho de Mateus

Numa outra comunidade, os cristãos fizeram um livro a partir do testemunho directo do apóstolo Mateus. Infelizmente, este primeiro evangelho perdeu-se. Escrito entre 80 e 90 dirige-se aos