Xisto
As rochas oleíferas, no Brasil, são comumente chamadas de xisto. Entretanto, de acordo com a correta nomenclatura geológica, trata-se de uma impropriedade. Geologicamente, xisto é uma das principais rochas metamórficas de origem sedimentar, de textura foliácea e de lâminas muito delgadas.
O termo mais exato para as rochas oleíferas seria "folhelhos", os quais conforme possam produzir óleo mediante o emprego de solventes ou por destilação destrutiva (pirólise) são classificados respectivamente, em "folhelhos betuminosos" ou "folhelhos pirobetuminosos".
Os folhelhos são rochas resultantes da decomposição de matérias minerais e orgânicas no fundo de grandes lagos ou mares interiores. Agentes químicos e microorganismos transformam, ao longo de milhões de anos, a matéria orgânica em um complexo orgânico de composição indefinida, denominado querogênio (gerador de cera), que, quando convenientemente aquecido, produz um óleo semelhante ao petróleo.
O óleo de xisto é mais caro que o do petróleo?
Sim, e isto sugere uma outra pergunta: por que então continuou-se investindo em óleo de xisto? A resposta será: por motivos estratégicos, porque o Brasil precisa estar preparado para uma nova crise de petróleo ou quando a produção mundial começar a declinar em decorrência do esgotamento das jazidas existentes. Muito embora o preço do petróleo esteja baixo no mercado mundial, países como a China Continental e a União Soviética continuam explorando suas reservas de xisto para a produção de óleo e seus derivados. Cabe assinalar que o xisto se constitui também, numa grande fonte para a produção de enxofre, matéria-prima estratégica, da qual nenhum país industrializado pode prescindir.
O Brasil possui muito xisto?
O Brasil possui a Segunda maior reserva de xisto do mundo, vindo logo depois dos Estados Unidos.
US GEOLOGICAL
PAÍS
SURVEY
ONU
ESTADOS UNIDOS
2000
1158
BRASIL
800
842
UNIÃO SOVIÉTICA
115
104