Xisto
HILNOR CANGUÇU nE MESQUITA"
1. Generalidodes; 2. Processamento do xisto; 3. o xisto no
Brasil; 4. Perspectivas da industrialização do xisto no Brasil;
5. Considerações finais.
1. Generalld....
1.1
Nome inco"eto,
T7UIS
consagrado pela tradição
A designação de xisto betuminoso é dada, vulgarmente, a certas rochas sedimentares que contêm, disseminado pela sua parte mineral, um composto orgânico de composição bastante variável, que, sob a ação do calor, se decompõe em gás e óleo, ambos ricos em hidrocarbonetos encontrados no petróleo natura!, permanecendo na rocha um resíduo carbonoso.
E imprópria, para essas rochas, a designação de xisto, porquanto este nome está classicamente reservado a tipos determinados de rochas de origem metamórfica. Não cabe, tampouco, a designação de betuminoso, uma vez que o composto orgânico a que fizemos referência não tem características de betume: este último, na realidade, só é produzido mediante a piróIise daquele composto, chamado comumente de querogênio.
Mas a força da tradição é enorme.
Embora sabendo ser duplamente inadequada a designação, já que o material não é betuminoso e nem mesmo é xisto, os próprios técnicos e estudiosos continuam a chamar tais rochas de xisto betuminoso em vez de a elas se referirem como folhelhos pirobetuminosos, que seria o mais correto.
E, cedendo à tradição, assim também o faremos no presente trabalho.
1.2
Principais ocorrências de xisto no mundo
Em ocorrências de extensão variada, têm sido encontradas jazidas de xistos betuminosos na Europa, Ásia, Africa e nas Américas.
•
Engenheiro da Petrobrás. Membro do corpo docente e chefe da Divisio de As-
IUDtos Políticos da Escola Superior de Guerra.
R. Adm. públ.•
Rio de Janeiro,
12(4).97-119,
out.ldez. 1978
As mais conhecidas são as da Escócia, da França (região de Autun) da Suécia (Kvarntorp), Espanha (Puertollano), Estônia, Alemanha, Man~ chúria, EUA (Colorado), África do