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Circulos infernais.
A Divina Comédia, de Dante, propõe que a Terra está no meio de uma sucessão de círculos concêntricos que formam a esfera armilar e o meridiano onde é hoje Jerusalém seria o lugar atingido por Lúcifer ao cair das esferas mais superiores e que fez da terra santa o Portal do Inferno. Portanto, o Inferno responderia pela depressão do mar Morto, onde todas as águas convergem.
Dante Alighieri elaborou um poema envolvendo personagens bíblicos do Antigo ao Novo Testamento, descobrindo-os, ou revelando-os no interior inferno. Seus personagens principais são o próprio autor e seu poeta preferido, Virgílio, o autor da Eneida.
Dante: os versos do Inferno
“Deixai toda esperança, vós que entrais” é a frase gravada em um grandioso portal que conduz ao inferno. O poema de Dante Alighieri descreve a topografia do inferno e os seus nove círculos infernais, as gradações de punições, demônios e sistemas de servidão. Diante do inferno, Dante e o espírito de Virgílio – poeta da Antiguidade e seu guia - se depararam com o barqueiro Caronte, às margens do rio Aqueronte, para efetuarem a travessia e logo após vislumbrar um castelo, localizado no primeiro círculo, chamado Limbo.
Do segundo ao quinto círculo, reservados como prateleiras de catálogos, os pecados cometidos sem culpa, embotados pela inconsciência do ser humano. No início do segundo círculo, foi destacada a figura de Minós ou o juiz do inferno. Ele escuta as confissões de cada pecador e os distribui para os círculos de acordo com o número de voltas que se enrolam em sua cauda. Adiante, o terceiro círculo, onde há a apresentação de Cérbero, figura que espanca os gulosos jogados na lama sob uma chuva incandescente. À entrada do quarto círculo, Dante e Virgílio se deparam com o demônio Plutão, que defende o local. Os avaros e pródigos são punidos empurrando pesos enormes como castigo. Descendo ainda mais chegam ao rio de sangue fervente, chamado Estige, localizado no quinto círculo