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A atual crise econômica teve início no mercado hipotecário de alto risco dos Estados Unidos da América (EUA) em 2007 e alastrou-se rapidamente para a Europa, adquirindo proporções globais. O impacto sobre o comércio foi avassalador: o comércio global caiu mais do que a produção mundial e bem mais do que o Produto Interno Bruto (PIB) global. Este artigo traça algumas das principais reações dos países em desenvolvimento (PEDs) à crise, com destaque para as políticas comerciais dos BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China).
A adesão da China à Organização Mundial do Comércio (OMC) em 2001 consolida a crescente abertura do país de maior população do mundo. Tal fato foi marcado por vários anos de difíceis negociações com os principais parceiros internacionais, Estados Unidos e União Européia, com os quais teve que concluir prévios acordos sobre as modalidades concretas da mútua abertura das economias. Foi celebrada, portanto, mesmo que de maneira superficial, como uma forma de triunfo final da economia de mercado. Após mais de vinte anos de reformas liberais, acabou oficialmente o tradicional isolamento do maior dos países que, até tempos recentes, estava ainda bem fechado. A China será agora mais um parceiro da ordem global, embora de peso e natureza bem particulares. O acontecimento, com certeza, é histórico, pois amplia ainda mais a controvertida "globalização da economia" e dará à China um papel de destaque no mundo do século XXI, maior do que se tivesse ficado à margem da OMC. O comércio mundial e a divisão internacional do trabalho estão de parabéns com a inclusão de pleno direito da China. Ademais, sua adesão à OMC – simultaneamente à de Taiwan – chegou quase como uma notícia de salvação após uma série de golpes desastrosos para a globalização liberal como o fiasco de Seattle, o escândalo da Enron, a queda da economy e new até os ataques de 11 de setembro e a posterior "guerra antiterrorista". Tudo isso, conjuntamente com as simultâneas crises agudas