Wunt

JACÓ, Vilela; A.M; FERREIRA, A.A.L; PORTUGAL, F.T (Org.) História da Psicologia: rumos e percursos. Rio de Janeiro: NAV Editora, 2005.
Wilhelm Wundt (1832 - 1920) é considerado como o fundador da psicologia científica por ter criado em 1879 o Laboratório de Psicologia na Universidade de Leipzig, que se tornou o maior centro de formação de psicólogos da época, e portanto de grande importância na história da psicologia. Mas ele não é o criador da psicologia, pois esta é fruto de um longo processo criativo.
Wundt estava disposto a fundar uma nova ciência, mas, até meados do século XX, mesmo com o Laboratório de Leipzig, a psicologia ainda estava atrelada à filosofia na Alemanha. Ele propôs uma desvinculação programática, na busca de uma ciência que se detivesse na experimentação e que fugisse das propostas metafísicas, pois estas não podem ser observadas, já que estão além do mundo físico. (ARAUJO, 2005 p.93-101).
Com essa proposta, Wundt define a psicologia como uma ciência da experimentação e observação voltada para as experiências imediatas. De acordo com a psicologia wunditiana a experiência imediata concentra-se no mundo interno, na relação existente entre o sujeito da experiência e o conteúdo nela existente, por exemplo, as sensações do indivíduo, que na perspectiva de Wundt, compõe os estados da consciência. A experiência imediata para Wundt é uma parte que compõe a experiência geral, e esta se divide na já citada experiência imediata, e na experiência mediata, que está voltada para conceitos objetivos, superficiais, concentrada no mundo externo, e segundo Wundt tal experiência deve ser estudada pelas ciências naturais.
Para Wundt, só existe uma ciência com base na experiência, e esta se formava a partir de processos interligados. Com esta proposta, ele mostra que as ciências naturais e a psicologia apesar de abordarem o conceito de experiência de maneiras diferentes, se completam. (ARAUJO, 2005 p.94-95)
Essa definição de Wundt da psicologia voltada para