Writting Against Culture
Writting Against Culture” publicado em “Recapturing Anthropology: Working in the Present, ed. Richard Fox. Santa Fe, NM: School of American Research” de Lila Abu-Lughod.
Lila Abu-Lughod é Professora na Columbia University. Seu trabalho publicado em 1986: “Veiled Sentiments: Honor and Poetry in a Bedouin Society. Berkeley: University of California Press.” conferiu-lhe o título de Phd. em Antropologia pela Harvard University. Entrou para a lista dos 21 melhores livros dos estudos conhecidos como “Middle East Studies”, cuja figura de peso é Edward Said com seu clássico Orientalism. Seu campo foi em uma comunidade Beduína no Egito, onde trabalhou com os temas emoção, poesia e ideologia de gênero sob uma perspectiva de crítica ao conceito de cultura. Seus interesses maiores são políticas feministas no mundo Árabe e pós-colonialismo.
Writting against culture estabelece um dialogo direto com Writing Culture (Clifford and Marcus 1986). Relata o papel de grupos tratados sem grande ênfase pelo livro – feministas e “halfies”*. Problematizando um dilema fundamental presente na Antropologia Cultural: a distinção entre o “eu” e o “outro”. Halfies como tratados no texto são pessoas cuja identidade cultural ou nacional é múltipla em virtude de fatores como migração, educação estrangeira ou filiações. Segundo nota da autora este termo foi tomado emprestado de Kirin Narayan. A autora explora como a prática antropológica de algumas feministas e halfies ajudaram a fazer enxergar na dicotomia da distinção do “eu” e “outro”, presente no conceito de cultura, asrelações de poder neles presentes. Daí ser necessário escrever contra a “cultura”. O argumento da autora é de que o conceito antropológico de “cultura” tende a reforçar separações (“eu” e “outro”) que, inevitavelmente, desembocam em construções de relações hierárquicas. Desta forma a autora propõe, tomando como tática humanista, uma estratégia textual