Resumo de um Capítulo do Livro A língua de Eulália
No capítulo nove que tem como título Sodade, meu bem, sodade o autor trata da questão das diferenças entre a língua falada e a língua escrita. Mostra que a língua falada é mais dinâmica, encontra-se sempre em mutação e que a escrita é o oposto dela. Para tanto explica que a linguagem oral acompanha as mudanças culturais sofridas pelo homem e evolui junto com ele ao passo que a linguagem escrita permanece estagnada sofrendo pouca alteração. Bagno faz uma analogia à fábula da lebre e da tartaruga, porém, ressalta que por ser realidade e não conto, a lebre (linguagem falada) encontra-se muito à frente da tartaruga (linguagem escrita). No subtítulo “O ditongo que já era” (p. 82), o autor exemplifica sua posição quando fala da assimilação dos ditongos na fala e sua permanência na escrita. Em “Quem fez papel de bobo?” (p. 85) comenta que o português não padrão (PNP) está mais ligado à oralidade do que à ortografia e exemplifica retomando a fala dos ditongos assimilados. No item “No meio do caminho tinha o português” (p. 86) trata da universalidade da diferença entre linguagem escrita e linguagem falada citando exemplos em alguns idiomas para ilustrar sua teoria. Finaliza o capítulo com o subtítulo “Para que serve a escrita?” (p. 87) afirmando que nem todas as coisas que falamos são escritas e nem todas as coisas que escrevemos são faladas. Traz-nos a importância da língua escrita e afirma que a mesma não deve ser levada como fonte exclusiva do conhecimento.