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Qualquer que seja seu significado particular, a anomia é um estado social de ausência de normas, uma anarquia, considerando a relação entre os indivíduos e as forças do controle social. Emile Durkheim (sociólogo francês) utilizava as taxas de desvio do comportamento e o estado da lei e punição como índices da anomia. Mesmo evitando conceitos psicológicos, acreditava que o egoísmo, a competição insaciável e a ausência de sentido e de objetivos poderiam ser apontadas como as reações prováveis dos indivíduos que vivem em uma sociedade anômica, na qual os obstáculos estão no funcionamento ordenado da sociedade.
Já a alienação representa um problema de legitimidade do controle social, é um problema de poder, expresso no ato da dominação, dimensão ausente na perspectiva da anomia. A alienação volta-se para a hierarquia do controle dentro do próprio contexto social, onde as condições sociais tornam o indivíduo separado da sociedade, sendo esta uma extensão do próprio indivíduo, personificada na atividade pessoal de cada ator social.
Para Karl Marx (filósofo e sociólogo alemão) alienar-se da sociedade é, em princípio, alienar-se de si mesmo. A alienação refere-se aos obstáculos existentes no crescimento produtivo dos indivíduos e, consequentemente, às barreiras que impedem a transformação adaptada do sistema social.
Uma condição não alienada refere-se a harmonia social como resultado espontâneo de indivíduos livres para realizar suas potencialidades, autônomos e autodeterminantes, sem o controle de forças externas. Os indivíduos, quando alienados, se tornam impotentes e estranhos às criações de sua própria atividade social.
Para Marx