Woooh

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Dessa forma, o ser humano não pode ser considerado como um produto exclusivo de seu meio, tal como um aglomerado dos reflexos condicionados pela cultura que o rodeia e despido de qualquer elã mais nobre de sentimentos e vontade própria. Não pode, tampouco, ser considerado um punhado de genes, resultando numa máquina programada a agir desta ou daquela maneira, conforme teriam agido exatamente os seus ascendentes biológicos.

Se assim fosse, o ser humano passaria pela vida incólume aos diversos efeitos e conseqüências de suas vivências pessoais. Sensatamente, o ser humano não deve ser considerado nem exclusivamente ambiente, nem exclusivamente herança, antes disso, uma combinação destes dois elementos em proporções completamente insuspeitadas.

Todas as vezes que colocamos lado a lado duas pessoas estabelecendo comparações entre elas, qualquer que seja o aspecto a ser medido e comparado, verificamos sempre a existência de diferenças entre ambas. Constatamos assim, as diferenças entre os indivíduos, as peculiaridades que os tornam únicos e inimitáveis.

Por outro lado, podemos verificar também e paradoxalmente, outras características comuns a todos os seres humanos, tal como uma espécie de marca registrada de nossa espécie. Desta feita, há elementos comuns e capazes de nos identificar todos como pertencentes a uma mesma espécie, portanto, característicos da natureza humana e, a par destes elementos humanos próprios, outros atributos capazes de diferenciar um ser humano de todos os demais.

Para demonstrar didaticamente este duplo aspecto da constituição humana imaginemos, por exemplo, um enorme canteiro de rosas amarelas. Embora todos os indivíduos do canteiro tenham características comuns e suficiente para ser considerados e identificados como rosas amarelas, será praticamente impossível encontrar, entre eles, dois exemplares exatamente iguais. Portanto, apesar de todos esses indivíduos possuírem traços individuais, tais como, perfume, pétalas e

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