Weber
Grande parte do seu trabalho como pensador e estudioso foi reservado para o chamado processo de racionalização e desencantamento que provém da sociedade moderna e capitalista. As idéias de Weber sobre a racionalização e o desencantamento foram construídas a partir de duas perspectivas: a societal e a epistemológica. Na primeira, pensa-se o conceito de sociedade e, particularmente, o de ação social; na segunda, elabora-se a concepção de ciência da cultura. Essas idéias estão presentes em três obras: A ciência como vocação, A ética protestante e o espírito do capitalismo e Economia e sociedade, de forma mais específica no capítulo intitulado Conceitos sociológicos fundamentais. Sua obra mais famosa é “A ética protestante e o espírito do capitalismo”, com a qual começou suas reflexões sobre a sociologia da religião.
Argumentou que a religião era uma das razões do porquê as culturas do Ocidente e do Oriente se desenvolveram de formas diversas, e salientou a importância de algumas características específicas do protestantismo ascético (ou seja, que refrea os prazeres humanos, dando prioridade à austeridade), mais precisamente a questão dos limites da responsabilidade moral, que proporcionou o surgimento do capitalismo e do estado racional e legal nos países ocidentais.
Afirma que o cálculo racional é extremamente importante na tomada de decisões, ao se avaliar os melhores meios de se alcançar um objetivo, analisando diretamente a contribuição do progresso técnico-científico à sociedade.
É também extremamente relevante em sua obra a distinção teórica e metodológica que faz entre as ciências naturais e sociais, já que esta foi uma das discussões mais controversas na ciência do século XX.
Inicialmente, em A política como vocação,