Analise do filme hotel ruanda
O filme conta a história verídica do massacre ocorrido em Ruanda, na África, onde em apenas cem dias, cerca de 1 milhão de ruandenses foram violentamente mortos.
Paul Rusesabagina, gerente do luxuoso hotel Milles Collines, localizado na capital Kigali, deixou de lado sua posição étnica e deixou aflorar seu espírito solidário e heróico, para abrigar aqueles que seriam alvo de um dos maiores genocídios da história.
O conflito entre as etnias hutu e tutsi resultou no quase total massacre dos tutsis, que eram mortos a facões pelas milícias hutus.
Analisando primeiramente a organização do próprio país em relação a estas etnias, podemos perceber uma clara distinção entre os indivíduos que ali residem.
Ruanda foi por certo período colônia da Bélgica, fator que foi decisivo na organização de tais etnias. A distinção entre elas podia ser feita de acordo com as características físicas: aqueles que tivessem maior estatura e pele mais clara eram os descendentes belgas, intitulados ‘tutsis’, e os de menor estatura e pele mais escura seriam os hutus.
A distinção política entre estes grupos pode ser percebida no filme: os hutus julgavam ter menos privilégios do que os tutsis, que detinham o ‘’poder político’’. O assassinato do então presidente hutu foi visto como um ataque tutsi, marcando a explosão do conflito. O rádio, meio de comunicação mais influente no conflito, acentua esta desigualdade.
No próprio país percebemos a divisão da sociedade de acordo com a etnia, acarretando a visão de que um é mais favorecido que o outro, ou seja, existe um povo superior e por conseqüência, um inferior.
Fica evidente a questão de que os mais fortes ou os que de alguma forma, detém um certo ‘’status’’, mínimo que seja, é mais respeitado: o Hotel é exemplo disto. Todos recorrem a ele, pois ali se hospedam pessoas vistas como importantes (políticos, estrangeiros, turistas e os