Weber e a dominação

Segundo Weber, a dominação pode ser entendida como a obediência obtida através de diversos motivos de submissão conquistados por uma dependência do dominado para com o dominante, que é dada por uma série de interesses, costumes ou por puro afeto daquele que obedece. Porém, quando a dominação é alcançada por meio desses fundamentos tem como característica a instabilidade, já que a qualquer momento pode haver uma desmotivação do empregado. Esse domínio se apoia em três bases jurídicas; são elas: a dominação legal, a dominação tradicional e dominação carismática. A primeira chamada dominação legal tem-se como ideia base a existência de um estatuto que pode criar e modificar normas, desde que esse processo seja previamente estabelecido. Sua melhor representação é o domínio burocrático, no qual uma relação é constituída desprovida de sentimentos, baseando-se na competência como pretexto do dominador para com o dominante. Nesse caso, obedece a lei estatuída, e não ao senhor. Seu ideal é funcionar sem nenhuma influência pessoal, acatando somente a uma hierarquia de cargos, com subalternos respeitando seus superiores. Um tipo de dominação legal é visto nas empresas atuais, no qual os funcionários são subordinados a seus superiores, têm formação profissional, são regidos por um contrato e recebem salário. Por fim, para serem promovidos precisam seguir as regras do estatuto. Outro tipo de domínio para Weber é a dominação tradicional. Essa é a forma mais antiga de dominação, basicamente aceita em virtude da crença na santidade, na tradição e nos poderes senhoriais. O motivo pelo qual o senhor ordena está prescrito na tradição, cuja violação se torna um mal negócio para o senhor, pois colocaria em perigo a autoridade, que é baseada em sua santidade. Suas leis são praticamente impossíveis de serem modificadas, pois consideram que elas fazem parte de um estatuto válido “para sempre”. Por outro lado, os senhores limitam sua vontade com as regras divinas, agindo assim