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Unidade 2 – Surdez e Linguagem
Olá, sou a professora Josiane Junia Facundo de Almeida, professora e Intérprete de Língua de Sinais Brasileira.
Trabalho como intérprete há 14 anos e na maior parte desse tempo fui voluntária, prestando serviços aos surdos em entidades públicas e particulares.
Fiz meu primeiro curso de Libras em 1995, e desde então, não perdi mais o contato com a comunidade surda.
Fiz parte da turma pioneira de intérpretes formados pelo Estado do Paraná, em 1998, com o compromisso de prestar serviços voluntários ao Estado por dois anos. Em 2004 comecei a atuar como intérprete em salas de inclusão na rede regular de ensino, sendo remunerada pelo Estado do Paraná.
Hoje estou aqui e pretendo dividir essa experiência com você. Tenho certeza de que, como eu, você vai se apaixonar pela Língua de Sinais Brasileira. Surdez e Linguagem
Primeiramente vamos falar sobre o conceito de surdez. É bastante comum ouvirmos as pessoas se referirem ao surdo como "mudo", ou pior, "mudinho", surdo-mudo, deficiente auditivo, entre outros. A maioria dos surdos não apresenta nenhuma deficiência no aparelho fonador, ou seja, seus órgãos internos e externos da fala estão intactos, por isso não podem ser considerados como mudos1.
Então por que alguns não falam quase nada ou fala diferente?
Todos os surdos vocalizam, algumas vezes produzem sons mais graves, outras vezes mais agudos, porém, por não ouvirem, não têm feedback auditivo2.
As pessoas da família ou outros ouvintes3, que convivem com a pessoa surda já estão mais acostumados com seu tipo vocal, por isso compreendem melhor o que ele diz.
A oralidade no surdo depende de alguns fatores, entre os quais estão o momento do aparecimento da surdez , que pode ser pré-lingual, peri-lingual ou pós lingual4; do grau de surdez, que varia de perda leve, perda moderada, perda severa, perda profunda e perda total5; e do estímulo da fala, que quanto mais precoce, maiores as possibilidades de uma criança com surdez severa ou