Wallon
Thaiane Monteiro
Introdução
Falar que a escola deve proporcionar formação integral (intelectual, afetiva e social) às crianças é comum hoje em dia. No início do século passado, porém,essa ideia foi uma verdadeira revolução no ensino. Uma revolução comandada por Henri Wallon um médico, psicólogo e filósofo francês que tem como suas teorias o desenvolvimento intelectual que envolve muito mais que um simples cérebro, abalou as convicções numa época em que memória e erudição eram o máximo em termos de construção do conhecimento. Baseou suas ideias em quatro elementos básicos que se comunicam o tempo todo: a afetividade, o movimento, a inteligência e a formação do eu como pessoa. Militante apaixonado (tanto na política como na educação), dizia que reprovar é sinônimo expulsar, negar, excluir. Ou seja, “a própria negação do ensino”.
Vida
Henri Wallon nasceu em paris, frança, em 15 de junho de 1879 foi muito influenciado pelas idéias liberais, republicanas e humanistas de seu avô e seu pai. Graduou-se em medicina e psicologia, fez também filosofia aos 23 anos lecionando filosofia no liceu Bar-Le-Duc. Desde sua juventude pleiteava a igualdade e a sociedade entre os homens. Atuou como médico aos 29 anos na primeira guerra mundial (1914-1918) ajudando a cuidar de pessoas com distúrbios psiquiátricos. Em 1925, criou um laboratório de psicologia biológica da criança. Quatro anos mais tarde, tornou-se professor da universidade Sorbonne e vice-presidente do grupo francês de educação nova instituição que ajudou a revolucionar o sistema de ensino daquele país e da qual foi presidente de 1946 ate morrer, também em paris em 01 de dezembro de 1962. Ao longo de toda sua vida, dedicou-se a conhecer a infância e os caminhos a inteligência da criança. Militante de esquerda participou das forças de resistência contra Adolf Hitler e foi perseguido pela gestapo (policia política nazista), vivendo tempo de clandestinidade utilizando o