Vírus Herpes na Odontologia
Herpes simples recorrente na prática ortodôntica: devemos suspender o atendimento?
Alberto Consolaro* e Maria Fernanda M-O. Consolaro**
no homem moderno. Embora possa, inicialmente, ser aguda, os quadros crônicos da doença se estabelecem com muita frequência. O homem, como hospedeiro natural do Herpesvirus hominis
(HVH), apresenta várias manifestações recorrentes ou secundárias da doença em períodos intercalados de tempo. Em pacientes imunocomprometidos, as infecções herpéticas podem provocar severas complicações8. O herpes simples também é classificado como DST, ou doença sexualmente transmissível. Os profissionais são frequentemente questionados pelos pacientes sobre o diagnóstico, tratamento e cuidados relacionados ao herpes simples recorrente. As lesões recorrentes do herpes simples são altamente contagiosas para os pacientes, suas famílias, profissionais da saúde e auxiliares19.
Muitas dúvidas e questionamentos são feitos sobre o assunto, especialmente se durante a presença das lesões recorrentes o profissional deve submeter o paciente ao tratamento odontológico previamente planejado ou adiar a sessão para quando as mesmas desaparecerem. Para contribuir com o esclarecimento, propusemo-nos a discorrer sobre esse assunto e induzir novos questionamentos e reflexões sobre o herpes simples, em especial o herpes simples recorrente na mucosa bucal e suas implicações na prática clínica ortodôntica.
No dia a dia clínico, as doenças mais comuns da mucosa bucal atrapalham o andamento dos tratamentos odontológicos, pois:
1. podem requerer o adiamento de sessões, em função da possibilidade de contágio;
2. promovem desconforto para o paciente;
3. geram limitações das manobras clínicas por parte do profissional;
4. exigem proteção adicional de biossegurança; e
5. requerem diagnóstico e prognóstico precisos a partir de uma terapêutica adequada.
O pronto diagnóstico seguido pela tomada de decisões por parte do