Vppb
A vertigem posicional paroxística benigna, conhecida também como VPPB, é um distúrbio vestibular no qual os pacientes relatam breves momentos de vertigem e/ou leve instabilidade postural, ocasionados por uma mudança brusca na movimentação da cabeça e do corpo. A VPPB não é uma doença, mas sim uma síndrome que pode ser seqüela de várias doenças da orelha interna. Sintomas neurovegetativos como náuseas e vômitos podem completar o quadro sintomático característico da síndrome. Há casos com sintomas atípicos, como mal-estar indefinido, enjôos posicionais, pré-síncopes, calafrios ou sensação de "vazio no estômago". Tonturas não rotatórias e instabilidade podem ocorrer no intervalo entre as crises.
A causa da VPPB é desconhecida em aproximadamente 50% dos casos, podendo estar associada ao trauma craniano, disfunção hormonal ovariana, distúrbios metabólicos, insuficiência vertebrobasilar, isquemia da artéria vestibular anterior, acidente vascular cerebral, esclerose múltipla, pós-cirurgia geral ou otológica (timpanoplastia com mastoidectomia, estapedectomia ou implante coclear), medicamentos ototóxicos, lues, otite média crônica, distúrbios psíquicos, inatividade prolongada, doença de Ménière e outras formas de hidropisia endolinfática, surdez súbita, surdez congênita, fístula perilinfática, tumor do ângulo pontocerebelar, neuronite vestibular, labirintite viral, migrânea, síndrome plurimetabólica, A VPPB é a doença labiríntica mais freqüente em adultos e idosos na rotina clínica, sendo raramente encontrada em crianças. A prevalência em adolescentes é maior do que em crianças e muito menor do que em adultos e idosos. Acomete-se mais o gênero feminino, e na maioria dos casos verifica-se hereditariedade. Há duas teorias que procuram explicar os mecanismos fisiopatológicos do envolvimento do canal semicircular na VPPB: a ductolitíase e a cupulolitíase.
Cristais de carbonato de cálcio provenientes de ruptura de estatolitos da