Voltaire e a Liberdade
Todas as ideias presentes nos escritos de Voltaire expressam a perspectiva do Iluminismo, era um acérrimo defensor da submissão ao domínio da lei, baseava-se em sua convicção de que o poder devia ser exercido de maneira racional e benéfica.
Em Londres, conseguiu desenvolver sua intelectualidade. Admirava a liberdade de expressão dos ingleses. A filosofia inglesa, que vinha desde o início da modernidade, com Bacon, Hobbes e Locke e os deístas, o agradava muito. Estudou a fundo a obra de Newton, e mais tarde propagou suas ideias na França, com as Cartas filosóficas, de 1734. Aprofundou-se em física, metafísica e história.
Aos poucos, Voltaire voltou a ter contato com Paris. Graças à proteção de madame Poiapadeur, virou historiógrafo real. Em 1745. Ele se tornou candidato à Academia Francesa e em 1746, é eleito e faz um belo discurso de posse. Em Paris escreveu muitos dramas. Inicialmente fracassa, mas depois alcançou sucesso com Zaire, Nahomet, Mírope, Semiramas.
Voltaire tinha um tratamento racional para desvendar os mistérios da consciência humana. Dava a entender que Descartes estava errado com seu inatismo, e preferia a teoria de Locke, de que tudo deriva das sensações. “A sensação é tão importante quanto o pensamento, e o mundo é uma sensação contínua.” Ele fez paralelos com a cultura grega e romana, nos verbetes do Dicionário Filosófico.
O dicionário filosófico foi publicado em 1764. Foi o primeiro livro de bolso da história e alcançou muito sucesso. As ideias nele contidas são revolucionárias, pois criticam o Estado e a religião. Voltaire fez muitas citações de grandes