Voleibol
NO. 11, PP. 8-28 (2009)
EDUCAÇÃO, MEIO-AMBIENTE E SUBJETIVIDADE NA
SOCIEDADE DE CONTROLE: POR UMA ÉTICA DOS AFECTOS
Ana Godoy
Pós-doutora pela Faculdade de Educação Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP;
Bolsista FAPESP
Pesquisadora do Grupo Transversal – UNICAMP anadgp@uol.com.br Resumo
O presente artigo tem como objetivo explorar alguns conceitos que fundamentem uma prática de educação aliada às forças vitais, às ecologias e às éticas que emergem em condutas singulares, bem como as forças que com elas se implicam e delas revelam os aspectos mais potentes. Todavia, a implicação com estas forças de constante insurreição desejante requer a problematização de uma série de valores e disposições presentes nos corpos coletivos e individuais e que dizem respeito aos dispositivos de poder e ao seu funcionamento na sociedade de controle. Dividido em pequenos blocos justapostos, este artigo afirma o caráter de experimentação estético-política tanto em seus aspectos formais quanto no traçado conceitual que descreve, funcionando como meio de interpelação daquilo que para o autor constitue problema, qual
seja,
uma
ética
dos
afetos
inseparável
das
intensidades
experimentadas nos encontros, e portadora de um estilo que diz do critério de seletividade nela implicada. É neste movimento que as conexões entre educação, meio-ambiente e subjetividade serão percorridas.
Palavras-chave: Educação; Meio-ambiente; Subjetividade; Sociedade de controle;
Linhas de fuga.
Abstract
This article has the goal to explore a few concepts that are the basis of an educational practice associated to vital forces. Those ecologies and ethics associated from singular procedures, as well as the forces that have to do with them and from them are what interest in this perspective. The connection with these forces of constant desired insurrection involves the questioning of a sequence of values and dispositions