Você percebe?
Tanto em livros quanto em jornais, tem-se lido estudos sobre neurociências. Nesses estudos podemos encontrar a ideia de que só percebemos realmente com o cérebro e não exclusivamente com os órgãos dos sentidos.
Como exemplo, temos o violonista Joshua Bell, consagrado, que se apresentou no metrô de Washington vestindo roupas simples e apenas uma pessoa o reconheceu tocando ali naquele lugar e daquela forma. (Vale a pena ver a experiência realizada pelo Washington Post: HTTP://www.youtube.com/watch?v=51Rd4tp6wpg). Esse fato também foi citado na crônica de Marcos Rolim ''O violonista e o cachorro-quente''; publicada na Zero Hora do dia 02/06/2013.
A ideia é bem interessante: se não tem propaganda, não haverá negócio. No livro do Leonard Mlodinow, “Subliminar”, ele afirma que médicos dão mais atenção ao paciente de acordo com o dinheiro investido. Embora muitos médicos acreditem ser imunes à influência monetária (pág. 243). Estudos mostram que não é bem assim que as coisas acontecem. Médicos pesquisadores que mantém ligações financeiras com laboratórios farmacêuticos são bem mais propensos a relatar descobertas que apoiam os medicamentos dos patrocinadores e tendem menos a relatar resultados desfavoráveis que pesquisadores independentes.
Enfim, como negar que vislumbramos melhor as coisas todas sob influência dos holofotes? E não é apenas o brilho, o papel do presente, o frasco do perfume ou a roupa de grife. A história que se conta, diz muito. A apresentação que se faz e que se ouve também. Se somos todos 'ouvidos' e percebemos tudo, cada detalhe tem seu impacto e o discurso é um dos principais. Quanto mais rico o discurso, maior o impacto. Mlodinow acrescenta ainda que se falarmos mais rapidamente, teremos mais chances de êxito e que quanto melhor a sonoridade de nossas vozes, maior nossa sorte. Tudo isso, somados ao um bom discurso, o impacto visual, assim como a apresentação, fica difícil imaginar quem não gostaria dessa tal pessoa que acabamos