Vivências e percepções sobre o trabalho e as condições de trabalho dos agentes da psp
RELATÓRIO FINAL DO PROJECTO
VIVÊNCIAS E PERCEPÇÕES SOBRE O TRABALHO E AS CONDIÇÕES DE TRABALHO DOS AGENTES DA PSP
Rui Leandro Alves da Costa Maia 1
Introdução
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Professor Associado da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Fernando Pessoa e Investigador do CECLICO – Centro de Estudos Culturais, da Linguagem e do Comportamento.
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Avaliar e descrever, do ponto de vista sociológico, juízos sobre o trabalho e as condições de trabalho da Polícia de Segurança Pública, PSP, constitui tarefa ampla e, de alguma forma, desde o início conscientemente, incompleta. • Ampla porque depende de vários factores que, conforme se crê, contribuem para a multiplicidade de posições, oscilantes entre o optimismo e o pessimismo, decorrentes da diversidade que, por si, caracteriza a sociedade. • Incompleta porque sempre associada, ainda que de forma não deliberada, a outros organismos e a outras instituições. Quando se aborda a questão da segurança, das condições de trabalho e dos agentes que se associam à sua manutenção, deve considerar-se, inevitavelmente, um conjunto de outras realidades relacionadas com a regulação normativa e, em geral, com o funcionamento da justiça. Sob o ponto de vista da credibilidade social e do valor heurístico que a caracterização sociológica apresenta com o sentido da intervenção correctiva, a PSP constitui uma instituição de grande interesse. A captação das dimensões de aceitação do trabalho e das condições de trabalho dos agentes da PSP, da maior importância nas sociedades democráticas em que estão “definidas”, em expectativa e de facto, as suas funções e em que o entendimento sobre o seu cumprimento deverá estar associado à maior ou à menor credibilidade da corporação perante os cidadãos, constitui objecto deste estudo. Mas avaliar o que socialmente se pensa do trabalho e das condições de trabalho da PSP constitui sempre uma abordagem redutora e limitada da