Vivência gestora
Leciono em uma escola da rede municipal de São Caetano do Sul. Noto que, onde trabalho há uma gestão extremamente centralizada com poucas oportunidades para os professores e outros funcionários participarem deste processo. Conversando com meus colegas observo que este panorama é o mesmo nas demais escolas da rede municipal.
E o destaque que eu quero dar é criticando a postura dos meus colegas, onde eu me incluo também neste contexto. Fazemos muito pouco no sentido de nos posicionarmos de forma contrária a essa gestão centralizadora que, claramente, prejudica o processo pedagógico.
Recentemente havia sido divulgado um calendário de atividades finais do ano letivo, onde os professores estavam tomando-o como base para desenvolverem todos os conteúdos que tinham em mente até o encerramento das aulas. Porém, a concessão de um enorme feriado prolongado fez com que a escola simplesmente antecipasse as atividades já previstas pelo calendário em cerca de uma semana de forma arbitrária, sem abrir espaço para qualquer sugestão dos professores. E mais uma vez, há poucos dias atrás foi passada a informação de que esse novo calendário divulgado também precisaria ser alterado porque a secretaria da educação resolveu antecipar em uma semana o início do recesso dos professores.
Essa postura passiva dos professores revela o quanto supostos “benefícios” como a concessão de um feriado prolongado ou a antecipação de um recesso pode prejudicar nossos alunos. Precisamos sair da nossa “zona de conforto” e percebermos que o legado que deixaremos em nossas vidas depende da nossa coragem em tentar mudar situações, principalmente quando dispomos de fartos argumentos para conseguir nossos