vivendo a vida
A cana-de-açúcar (Saccharum spp.) é uma das maiores e mais antigas culturas agrícolas exploradas no Brasil, assumindo grande importância sócio-econômica, segundo levantamento da CONAB (2013). A partir dos anos 70, passou por importante transformação, deixando de ser exclusivamente voltado para o setor de alimentos, para destinar-se ao setor energético (NEVES; WAACK; MARINO, 1998). É uma cultura de grande versatilidade sendo que; a partir do bagaço pode-se obter papel, ração, adubo ou combustível; a partir das folhas, cobertura morta ou ração animal e ainda se pode obter a partir do caldo de cana-de-açúcar o açúcar, cachaça, etanol, rapadura (VASCONCELOS, 2002).
Segundo a USDA (Departamento de agricultura dos EUA) os principais países produtores de açúcar são Brasil, Estados Unidos, Índia, Tailândia e China. A produção do Brasil equivale a 19% de toda produção mundial, ou seja, 30,8 milhões de toneladas; a produção da Índia, segunda maior do mundo (16%), é de 25,1 milhões de toneladas. Em terceiro lugar, a produção de açúcar dos Estados Unidos, representando 10% de toda produção mundial, é de 16,1 milhões de toneladas.
No Brasil a produção de cana-de-açúcar dividida por região, revela que o norte-nordeste representa 15% e o centro-sul representa 85% da produção total do país segundo o IBGE (2012). A indústria sucroalcooleira é importante não somente para o agronegócio brasileiro como também pela relevância do açúcar para o consumo humano (RODRIGUES; MORAES, 2007). Para Fernandes et al. (2004), o açúcar proveniente da cana-de-açúcar está entre os produtos mais consumidos pela população e a indústria açucareira cresce continuamente, não só em porte, mas também em qualidade.
A cana-de-açúcar (Saccharum), com habilidade única de estocar sacarose nos colmos, é uma planta tropical pertencente à família das gramíneas ou poáceas juntamente com os gêneros Zea e Sorghum. A cana-de-açúcar moderna, denominada por alguns pesquisadores, é considerada um híbrido