Violência
DE TANTO VER AGIGANTAREM-SE OS PODERES NAS MÃOS DOS MAUS
O HOMEM CHEGA A DESANIMAR-SE DA VIRTUDE
A RIR-SE DA HONRA
E A TER VERGONHA DE SER HONESTO.”
Rui Barbosa
I - ÉTICA PROFISSIONAL - UMA NOVA REALIDADE
Falar em Ética sem pensar no contexto social, econômico e político, pode ser um bom discurso, mas ficará distante da real possibilidade de exercê-la. Falemos de Ética a partir das necessidades básicas do homem.
Todo ser humano, tem que ter suas necessidades atendidas para poder realizar algo maior. Vivemos um período quase de pré-recessão. Todos lutam por uma sobrevivência profissional, social e econômica que há muito tempo não ocorria na realidade brasileira. As pessoas disputam um lugar ao sol, de forma diferente de até então.
Poderemos analisar Ética a partir da primeira necessidade do ser humano, básica para a sobrevivência e que nunca estará completamente satisfeita, que visa suprir fome, sede e sono. Além de estar intrínseco é também estimulado pelo marketing do consumo. Beba isto, coma aquilo, que muitas vezes já não está mais ao alcance de muitos, com a mesma facilidade que ocorria anteriormente. Isto traz conflitos internos e sensação de menos valia. Em seguida vem a necessidade de conforto, de ter casa e de se vestir bem. Junto a isto, estão também as necessidades psíquicas, tais como o temor do desconhecido, do novo, do não familiar, das mudanças que estão ameaçando a todos, a instabilidade econômica, o medo do futuro. Além das despesas para comer, vestir e morar, temos preocupação com planos de saúde, aposentadoria, com a manutenção do próprio trabalho e, principalmente, o medo de se expressar, protestar, reivindicar.
Poucos conseguem atingir o momento maior de atendimento às próprias necessidades que é o da realização pessoal, talvez a própria Ética. É o momento individual em que o sujeito pode amar sem interferir no outro. Pode ser curioso, alegre, otimista, inovador, ousado, humilde, justo tranqüilo e principalmente com uma