Violência e Paz
A agressividade faz parte da adolescência, mas os casos de violência entre os jovens aumentaram e tornaram-se mais graves nos últimos dez anos. Entender o fenômeno é o primeiro passo para preveni-lo.
A violência é entendida por diferentes culturas, como o uso excessivo do emprego de força contra algo ou alguém. A força bruta pode ser empregada de diferentes formas: física, psíquica, moral, ameaçando ou atemorizando baseada na ira que é utilizada simplesmente para agredir.
A violência é um tema corrente na vida da população infanto-juvenil. Pode-se situar uma rede de ações violentas a que este segmento populacional está sujeito: o abandono social; a agressão física, psicológica e sexual; a exploração no mercado informal de trabalho; a exclusão do sistema educacional; o tráfico de drogas.
Os meninos da escola começam com umas brincadeiras de lutinha. Dando tapas e socos. Ficam passando rasteira uns nos outros. A maioria das meninas acha idiotice, mas eles gostam porque querem mostrar que são homens e aguentam a brincadeira. O vencedor fica se achando o fortão. Brigas de mentira na adolescência, brincadeiras físicas são um momento exploração do corpo do outro.
No Rio de Janeiro, um estudante de 12 anos foi espancado por outro de 16 com golpes de porrete. Em Brasília, um aluno de 15 foi internado em estado grave após ser agredido por oito adolescentes na saída da escola. Em Natal, a polícia teve de conter um tumulto entre 60 jovens de gangues de colégios rivais. Em Matinha, a 245 quilômetros de São Luís, um menino de 11 anos matou um colega de 15 com um canivete. A impressão de que casos assustadores como esses (todos retratados pelo noticiário policial do mês de julho deste ano) têm se tornado cada vez mais comuns é confirmada pelas últimas estatísticas. De acordo com o estudo Mapa da Violência 2010, um levantamento do Instituto Sangari, em São Paulo, que toma como base a taxa de homicídios dos 5.564 municípios brasileiros, entre 1997 e 2007