Violência urbana e civilização/insegurança pública
REFERENCIAS
1. BURKE, Peter, Violência urbana e civilização. N.6 Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, Jul, 1997. 21p. (cadernos de textos da Escola de Governo) CORRIGIR REFERÊNCIA!
2. ZALUAR, Alba et al, Insegurança Pública: Reflexões sobre a criminalidade e a violência urbana. São Paulo: Nova Alexandria, 2002.
O historiador sócio-cultural, Peter Burke, utiliza estatísticas estampadas em artigos jornalísticos do século XX, como apresentação de suas reflexões sobre a violência urbana e civilização ressaltando, não tratar-se de assunto novo, somente assumindo formas diferentes no transcurso das épocas, sendo primordial evidenciar suas variedades, multiplicidade entre tipos de agentes, momento, vítimas, tecnologia, local, etc. Enfatiza o autor, a relevância necessária à característica do deslocamento da violência no interior dos centros urbanos, apontando como exemplos de ocasiões menos importantes de violência, as eleições e os carnavais brasileiros. Todavia, não se pode confundir realocação com extinção, considerando que as arenas urbanas ou rurais de violência vão variar de acordo com os atores e interesses envolvidos. Inobstante a impossibilidade de se verificar através de métodos quantitativos, tem-se que a violência possa ter se profissionalizado gradualmente ao longo do prazo, considerando que outrora, tradicionalmente, a violência urbana era praticada por amadores, circunscrita a homens adultos portadores de armas, enquanto na atualidade, com exceção dos conflitos éticos, é resultante da ação de profissionais. Na sua reflexão o autor infere que, a parcela da população envolvida na violência ativa provavelmente diminuiu aos longos dos últimos séculos. Por fim, o autor observa que apesar da assustadora escala do problema da violência nos centros urbanos contemporâneos, é possível acreditar tratar-se de um processo civilizador (Norbert Elias), não podendo concluir ser este mesmo processo capaz de consumir o