VIOL NCIA URBANA
Nos primeiros anos do novo milênio, no contexto urbano, a violência vem sendo foco da atenção dos moradores das grandes, médias e pequenas cidades. Não importa o tamanho destas para que delitos, de variados tipos, ocorram, o que deixa os moradores apreensivos em relação às causas de tanta violência. Imigração, futebol, industrialização crescente, eram relacionados aos assuntos ouvidos pelos transeuntes; a realidade hoje é de uma população com medo da violência e dos crimes urbanos; violência desde a doméstica aos crimes contra os costumes.
A violência urbana subverte e desvirtua a função das cidades, prejudica ainda mais os recursos públicos, dilaceram famílias, modificando dramaticamente nossas existências. Todo morador da cidade é abordado pela violência, o que antes eram sinônimos de civilização, hoje são percebidas como um meio fragmentado segregado e descivilizado.
Os baixos salários e o desemprego, que causam o empobrecimento da classe média e o aumento do número de miseráveis, têm gerado muito dos crimes contra o patrimônio, tais como furtos, roubos e assaltos. Depreciação de equipamentos de uso coletivo, a agressão ao meio ambiente e o alcoolismo, também são sintomas de nossa sociedade em conflito. Esses aspectos revelam que as cidades cresceram, expandiram-se e fizeram surgir bairros periféricos, onde as condições precárias de vida dos moradores e a degradação do meio ambiente mostram uma face da violência urbana.
Os moradores, conforme suas realidades acostumaram-se com seu senso comum e sua necessária identificação com essas mudanças; sem buscar compreender de forma crítica, teorizar e resistir, apropriam-se delas dentro de uma lógica do caos; os moradores precisam antes de tudo, viver. O estado caótico do espaço urbano não lhes convém nem contribui para suas atividades, sejam elas formais ou informais. Os primeiros a compreender que ninguém cuidaria de seu infortúnio foram os mais pobres. A violência, muitas vezes, situa-se à margem