Violência no futebol

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A violência ligada ao futebol não tem dia, hora nem motivação. É isso que mostra a segunda parte do especial do LANCE!, realizada por meio de uma pesquisa inédita, que aponta 155 mortes no país desde 1988, quando ocorreu a primeira com repercussão.

Isso fica claro quando se percebe que 42% dos assassinatos por essa rivalidade entre as facções organizadas ocorreram em dias sem jogos. Das 66 mortes, 57 ocorreram na rua, seja por vingança, busca por território ou pela própria intolerância descabida. Em 9 de outubro de 2003, por exemplo, José Renato Rubens de Souza Pena, torcedor do Ceará, e Rosivaldo Pinheiro Ferreira, fã do Paysandu, sofreram emboscada de pessoas ligadas à facção do Fortaleza, quando foram até um ateliê da organiza
E MAIS:
24 brigas sem vítimas nos últimos 97 dias
Triste ranking dos que mais morrem e matam
Jornalistas de todo país falam do problema
Apenas 27 presos após 155 mortes
União interestadual das facções atrapalha
Outros nove foram mortos após se divertirem com seus colega s nas respectivas sedes, vítimas que encontraram gente disposta a matar pelo simples fato de o outro estar com uma camisa diferente. Paul Mackartiney Vieira, torcedor do ABC, é um exemplo. Em 15 de agosto de 2009, ele saiu da confraternização e acabou sendo alvejado por três tiros num ponto de ônibus.

As outras 89 mortes ocorreram em dias de jogos, o que representa 58% dos 155 casos levantados pelo LANCE!. Mas há um detalhe interessante: apenas oito foram dentro do estádio, como ocorreu com o corintiano Sérgio Franceschini, de 14 anos, pisoteado no Brinco de Ouro no dia 12 de outubro de 1994. O argumento de que a violência no entorno é maior é a pura realidade.

Uma dessas 81 vítimas do lado de fora dos estádios foi o são-paulino Anderson Lins de Medeiros. No dia 23 de abril de 1995, ele se dirigia ao Morumbi para assistir ao clássico entre Palmeiras e São Paulo, quando houve uma briga generalizada entre rivais na Avenida Guarapiranga. Anderson foi atingido

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