Violência no ambiente desportivo
A Copa do Mundo foi realizada no ano de 2014 e novamente os assuntos no que tange a violência no âmbito desportivo voltaram ao centro das discussões midiáticas. É bem verdade que as medidas adotadas visam à elitização do esporte, amplamente questionada pelos principais frequentadores dos estádios de futebol.
Devido à frequência e comparecimento a jogos de futebol, a paixão pelo esporte, nota-se a necessidade da realização de medidas pertinentes e adequadas que busquem, sobretudo, a segurança do torcedor.
Há a necessidade de maiores produções acadêmicas acerca da temática, a fim de que o legislador e o Poder Executivo possam em consonância com estas produzirem políticas públicas de qualidade, reconhecendo o desporto como um patrimônio cultural.
O jornalista Rodrigo Vessoni, contabilizou, em data de 009 de dezembro de 2013, um total de em sua totalidade 234 (duzentos e trinta e quatro) mortes relacionadas ao futebol no Brasil. Trinta destas mortes contabilizadas, sendo 30 delas ocorreram somente no ano passado. 1 No ano de 2010 o Brasil adotou um sistema repressivo criando tipos penais abertos, que se interpretadas em sua literalidade, poderia ensejar em crime o mero transporte de casco de refrigerante em um raio de 5.000 (cinco mil metros) proximidades dos estádios.
Tais medidas punitivas encontram respaldo na falsa sensação de segurança, enquanto busca-se a eficácia na imposição do medo de punições rigorosas. Não havendo qualquer planejamento sociológico que busque o fim das violências nos estádios e também da violência relacionada ao futebol, que pode não ocorrer na faixa imaginária prevista pelo legislador, nem mesmo em dias de jogos.
Isto posto, enquanto acadêmica, operadora do direito recém aprovada em Exame de Ordem, busca-se maior estudo e compreensão sobre as dimensões deste problema social. Afim de que, além da apresentação e discussão acerca da constitucionalidade da norma, o estudo