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Violência na escola e violência social O interior das escolas revela a realidade em que vivemos, expressão da convivência marcada pela intolerância, desrespeito, pela ausência de diálogo e práticas de dominação e exploração. Professores, pais e estudantes têm sentido que a escola não consegue transformar o que está posto no cotidiano da vida. Está cada vez mais difícil viver a escola em qualquer um de seus segmentos. Há alguns anos, este quadro tem se agravado sem que políticas educacionais sejam conseqüentes à transformação desta realidade, até porque existem para mantê-la. Professores adoecem, estudantes sofrem pressões de todos os lados e escapam como podem, respondem com mais violência quando ameaçados, não vêem formas de superação, diretores desanimam diante de tantos problemas e os pais não sabem mais a quem recorrer.
Neste quadro, várias pessoas, profissionais, educadores, pais e estudantes, buscam uma solução. Com uma preocupação evidente de todos os agentes educacionais na busca de situações para “vencer” a violência dentro da escola, é preciso que este assunto seja tratado com a prioridade e importância que ele merece.
Em primeiro lugar é importante assinalar que a violência não se vence. Esta idéia de superação da violência pela violência não avança, reproduz o que está vigente, a cada vez em um nível de mais intensidade.
É preciso compreender a violência como um fenômeno psicossocial complexo pelas formas de manifestação e de suas causas. As políticas tradicionais fundadas nos princípios da sociedade capitalista burguesa acabam por manter a divisão de classes e perpetuar a cultura da violência.
Enquanto esta sociedade continuar dividida, a escola continuará a ser uma engrenagem dentro do sistema geral de exploração e dominação, com professores e diretores cumprindo um papel que não rompe com este ciclo, pelo contrário colabora e defende os interesses do estado. Instala-se um ciclo de formação e organização sobre a maneira como as pessoas se