Violência familiar no campo Brasileiro. TÓPICOS
O padrão de organização da família tradicional brasileira vigentes entre as camadas da alta sociedade até os fins do século XIX tendência patriarcal, sujeição dos jovens aos mais velhos por convenções tradicionais de conduta.
Havia um processo de seleção de cônjuges que deixa bem claro que as uniões eram baseadas em interesses financeiros visando gerar um grande sistema de dominação socioeconômica, nas camadas dominantes prevalece à formação e a continuidade das grandes unidades de parentesco.
Nas camadas livres e sem posses, a família não se organizou para realização das funções sociais destinadas a interesses econômicos, a inexistência de propriedade econômica relevante a impossibilidade de participação política e a marginalização em face a sociedade, aponta como fator para outro tipo de organização familiar com uniões sem o objetivo do interesse econômico.
Formalmente, uma família pobre e uma rica são instituições idênticas, com os mesmos personagens, com os mesmos nexos a ligá-los porém com interesses distintos.
Violência incorporada com alguma regularidade, às formas de ajustamento e acerto de contas.
As agressões sérias aparecem associadas à rotina doméstica.
Confraternizações familiares terminando em brigas, por motivos fúteis como um pedaço de pão ou uma dose de cachaça.
A grande maioria dos crimes cometidos entre membros da mesma família refere-se a pessoas aparentadas por afinidade em um grau muito próximo, cunhados sogros, genros, entretanto nos registros da época são raros os casos de agressões entre pais e filhos e irmãos de sangue.
Um exemplo de um fato ocorrido em um dos processos examinados da época revela que na família, tal como nas relações de vizinhança e nos grupos de trabalho, a solidariedade e a luta aparecem interligados “Contou a mulher do mesmo matador que seu marido, quando matou ou fez a morte, chegando em casa disse a ela que fosse ver seu irmão (dela) que ele havia