Violencia
DISCIPLINA DE GENÉTICA E EVOLUÇÃO
ESQUIZOFRENIA
André LF Silva*
Giovani Z Gheno*
Paulo RDC Aguiar*
Renan Lopes*
Márcio Souza**
Elizabeth C Castro***
Claudio OP Alexandre***
* acadêmicos da 4a série da FFFCMPA;
** monitor orientador da disciplina de Genética da FFFCMPA;
*** professores da disciplina de Genética da FFFCMPA.
Porto Alegre, Novembro de 2000.
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RESUMO
A esquizofrenia é uma perturbação psiquiátrica caracterizada pela presença de comportamento psicótico
(dissociação
entre
pensamento
e
realidade)
ou
amplamente
desorganizado, além de marcada disfunção social.A esquizofrenia afeta aproximadamente 1% da população mundial, considerando-se critérios estreitos para a definição dos casos contabilizados.
Uma importante influência genética já está bem caracterizada na esquizofrenia, no entanto a natureza exata da transmissão genética ainda não está clara. As informações disponíveis são compatíveis com a hipótese de que, na maioria dos casos, o componente genético predisponente consiste de múltiplos genes agindo de forma aditiva, sendo que o genótipo predisponente à esquizofrenia só seria manifesto quando o número de genes e de fatores não-genéticos presentes for maior do que um número limiar. Esse trabalho apresenta uma revisão dos aspectos epidemiológicos, clínicos e, principalmente, genéticos envolvidos na gênese da esquizofrenia. Uma ampla revisão atualizada da literatura acerca de estudos de genética molecular na esquizofrenia é apresentada.
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INTRODUÇÃO
Histórico
A descrição de deterioração nas funções cognitivas e na personalidade, bem como delírios de grandeza e paranóia, já existiam no século XV A.C. Durante a idade média, a observação e o tratamento da esquizofrenia diminuíram muito, sendo que a doença reemergiu como uma condição médica digna de estudo e tratamento a partir do século XVIII. A descrição dos sintomas