Violencia

Este texto apresenta questionamentos importantes acerca da “violência contra as crianças e entre elas”. A autora (Sonia Kramer, doutora em educação pela PUC) propõe uma relação entre a violência e o fim da fantasia que, segundo ela, é consequência do extremo uso da mídia, da televisão e da internet.

Mais recentemente, outras questões vêm inquietando os que atuam nesta área: trata-se de estudos críticos que denunciam o desaparecimento da infância. Perguntam de que infância falamos, já que a violência contra as crianças e entre elas se tornou uma constante, num contexto no qual as imagens de pobreza e mendicância de crianças, bem como o trabalho infantil, exemplificam uma situação em que o reino encantado da infância teria chegado ao final. Na era pós-industrial, na qual não haveria mais lugar para o “Era uma vez…”, a ideia da infância, uma das invenções mais humanitárias da modernidade, estaria destruída; com a mídia, a televisão, a Internet, o acesso das crianças ao fruto proibido da informação adulta teria terminado por expulsá-las do jardim da infância (Postman, 1999).ão dá pra falar de regras, nos últimos dias, sem lembrar dos últimos acontecimentos noticiados no Brasil. Do cinegrafista Santiago Andrade, morto por ter sido atingido por um rojão, enquanto fazia a cobertura jornalística de uma manifestação contra o aumento das passagens de ônibus, no Rio de Janeiro. Do gritante desprezo à vida humana, desautorizando movimentos legítimos de uma sociedade há muito acomodada, passiva diante dos abusos sofridos. Da jornalista que, comandando um telejornal, aplaude atitudes como a dos linchadores que resolvem agir por conta própria diante de um caso de furto, acorrentando o acusado em um poste.

Impossivel discutir regras e transgressão sem lembrar dos inúmeros exemplos que vemos diariamente.

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