Violencia
A violência psicológica é tão preocupante que requer a abordagem da suposta "naturalização" social cuja incidência pode minar a autonomia, a iniciativa, a coragem, a segurança de crianças e jovens em pleno desenvolvimento emocional e social que precisa de referências éticas de adultos - familiares (pais, e/ ou cuidadores) para estabelecer parâmetros de interações não predatórias e de consumo.
O descaso com o outro e a prática de "brincadeiras" que rompem a fronteira do lúdico e instalam uma particular ou generalizada sensação de incompetência pessoal a quem escuta apelidos, chacotas, "tiradas de sarro", bem como pressionar alguém (crianças, adolescentes, mulheres, gays, homens) a deslocar a sua emoção saudável para canais inadequados, por exemplo, comer ou beber demais, usar drogas, vivenciar sexo compulsivo (instala transtornos alimentares ou outras formas de compulsão), são consequências da "naturalização" da violência psicológica. Para responder ao cenário difícil que vivemos, a Psicologia Clínica ampliada de base gestáltica não oferece receitas ou fórmulas. Trabalhamos com pesquisas e preparação de famílias (encontros em grupo de homens/pais, atendimentos a casais; reflexões de textos, orientações sobre organização social e aquisição de documentos, etc.)1 para encontrar tempo (uma exigência diária que o casal requer praticar se quiser manter a convivência) visando examinar profundamente a dinâmica das interações entre os integrantes e contribuir para que cada um entre em contato com os próprios sentimentos. Consideramos que a coragem e ação formam uma polaridade que contribui preventivamente para reduzir a violência psicológica conjugal e familiar. As formas de violência psicológica privadas aqui tematizada ocorrem no domínio das casas, praticadas entre casais, ou por familiares contra crianças e idosos e por outros atores não consanguíneos. São problemas sociais e de saúde que afetam todos os segmentos da