violação dos direitos humanos
ONG disse ter encontrado 'evidências convincentes' de violação.
Protestos realizados desde o fim de 2013 deixaram 41 mortos.
Da France Presse
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A organização Human Rights Watch (HRW) denunciou violações dos direitos humanos contra manifestantes opositores na Venezuela - incluindo a tortura -, com o objetivo de punir a dissidência política, segundo um relatório divulgado nesta segunda-feira sobre os protestos, que deixaram 41 mortos.
A HRW encontrou "evidências convincentes de graves violações de direitos humanos cometidas por membros das forças de segurança" e funcionários judiciais na Venezuela, em 45 casos que envolvem mais de 150 vítimas, afirma o relatório publicado em Washington.
Os integrantes das forças de segurança também permitiram que grupos armados partidários do governo atacassem civis que não estavam armados, e em alguns casos colaboraram abertamente com eles, segundo o documento de uma centena de páginas intitulado "Castigados por protestar".
Os casos incluem violações do direito à vida, agressões físicas, detenções arbitrárias e descumprimento do devido processo, assim como torturas e tratamentos cruéis contra opositores que saíram às ruas desde fevereiro para protestar contra o governo do presidente Nicolás Maduro.
Segundo o diretor para as Américas da HRW, José Miguel Vivanco, as denúncias "formam parte de um padrão alarmante de abusos, que representa a crise mais grave que já presenciamos na Venezuela em anos", declarou em um comunicado de imprensa.
O relatório reúne os resultados de uma investigação da HRW em março - durante o pico dos protestos - em Caracas e em três estados da Venezuela, com testemunhos de vítimas e de seus familiares, de médicos, jornalistas, advogados e defensores de direitos humanos, entre outros, assim como evidências dos abusos.
A organização considerou que alguns manifestantes utilizaram métodos violentos, como lançar pedras e