vila economizadora
Construída entre 1908 e 1915, a Economizadora não era uma vila operária propriamente dita. Um empreendimento da Sociedade Mútua Economizadora Paulista, tinha as casas alugadas para trabalhadores de diferentes indústrias - e não de uma única fábrica, como é o caso da Vila Matarazzo. O conjunto foi comprado em 1935 pelo comendador João Ugliengo, hoje imortalizado num busto fincado numa das esquinas do lugar.
'Molduras envolvendo as janelas, as platibandas (muretas de alvenaria que escondem o telhado), típicas das casas burguesas da época, apareciam de um jeito mais simples em algumas vilas operárias', explica a professora Maria Lúcia Bressan Pinheiro, da FAU. É o caso da Economizadora. As feições originais se conservam, com pequenas modificações na fachada - proibidas, diga-se. Tombada pelo Condephaat em 1980, não recebe, segundo os moradores, a devida assistência à sua preservação.
Nas 135 casas viviam imigrantes, funcionários da Estrada de Ferro e do Liceu de Artes e Ofício, operários e trabalhadores do Mercado Municipal, como Assunta. Toda manhã ela percorre o trajeto de poucas quadras até a Banca do Gallo, onde vende frutas com os filhos. Por volta das 11h30 a 'italiana', como é conhecida, volta para casa (com três quartos, sala, cozinha e banheiro) carregada de verduras e legumes. 'Cozinho muito bem', afirma. Quem duvida? Basta sentir o cheiro de comida que chega até o seu portão.
Assunta tem saudades de outros tempos, quando todos os moradores se conheciam e se reuniam nas festas juninas e de Réveillon. Hoje a vila abriga