VIGILÂNCIA E ALCOOLISMO: Fatores de Interferência na Criminalidade.
Divinópolis
2012
Resumo
A relação entre o consumo de álcool, bem como o de drogas ilícitas e a prática de delitos, tem se tornado fonte de inúmeros debates jurídicos. Estudos apontam que o consumo excessivo de álcool pode causar, entre outros sintomas, agressividade e sentimento de impunidade, revelando no homem suas características atávicas.
Embora seja admissível que o consumo de álcool esteja relacionado ao crime, tal associação é de difícil execução, tendo em vista que o crime é complexo e multifatorial.
Palavras-chave: atavismo, criminologia, alcoolismo, panóptico.
Introdução
Malgrado haja discussões sobre a relação entre o consumo de álcool e a prática de delitos já há alguns séculos, esse tema tornou-se pauta de grandes debates jurídicos somente nas últimas décadas.
O presente estudo nos mostrará que as relações de causa e efeito entre álcool e crime são matérias de diversos ramos do saber humano e não apenas da criminologia. O estudo será desenvolvido mediante pesquisas a livros técnicos, textos científicos e debates expostos em sala de aula no curso de direito.
Desenvolvimento
Por mais que o homem evolua e se distancie de seus ancestrais, ele guarda em si uma parte animalesca chamada de atavismo. Este atavismo pode se aflorar em várias situações, mas talvez, a principal delas está relacionada ao consumo de álcool. Estudos apontam que "o consumo excessivo de álcool pode causar desde euforia, diminuição da atenção, prejuízo do julgamento, irritabilidade, agressividade, depressão, labilidade emocional, redução do nível de consciência e, eventualmente coma" (janicak et alii, 1995). Ou seja, uma pessoa alcoolizada tem seus mecanismos cerebrais contensores do comportamento inibidos, o que facilita atos violentos.
Como visto anteriormente, o álcool pode causar em nosso organismo o prejuízo do julgamento, que pode se associar a inibição da sensação de estarmos