vidros
Em ciência dos materiais o vidro é uma substância sólida e amorfa que apresenta temperatura de transição vítrea. No dia a dia o termo se refere a um material cerâmico transparente geralmente obtido com o resfriamento de uma massa líquida à base de sílica.
Em sua forma pura, o vidro é um óxido metálico super esfriado transparente, de elevada dureza, essencialmente inerte e biologicamente inativo, que pode ser fabricado com superfícies muito lisas e impermeáveis. Estas propriedades desejáveis conduzem a um grande número de aplicações, no entanto, o vidro geralmente é frágil e quebra-se com facilidade.
História
A história da descoberta do vidro é bem antiga, e os primeiros registros datam de 5000 a.C., quando mercadores fenícios descobriram acidentalmente o novo material ao fazerem uma fogueira na beira da praia sobre a qual apoiaram blocos de nitrato de sódio que serviam para segurar suas panelas. O fogo, aliado à areia e a o nitrato de sódio, originou, pela primeira vez acredita-se, um líquido transparente, o vidro. Posteriormente, 100 a.C., os romanos já produziam vidro por técnicas de sopro em moldes, para confeccionar suas "janelas". Entre 500 e 600 d.C., um novo método possibilitou a execução do vidro plano, por sopro de uma esfera e sua sucessiva ampliação por rotação em forno (até o século XIX, a maior parte da produção do vidro foi feita por este sistema). Posteriormente, por volta de 1300, o vidro moldado à rolo foi introduzido em Veneza (técnica vinda do Oriente, através das Cruzadas). Ainda nesta data, descobre-se um novo processo: por sopro de cilindros (que foi revolucionária para a produção de vidros planos). Por ação simultânea de sopro e força centrípeta, originária da movimentação do cano, obtinha-se um cilindro (50 cm de diâmetro por até três metros de comprimento) que depois era colocado em um forno, "estendeira", e deixado para estender. Da Idade Média em diante, a fabricação do vidro tem sido um assunto de peritos guardado