Vidro
Histórias:
Diz à lenda que os fenícios seriam os "donos" da invenção. Segundo um historiador romano, esse povo foi o primeiro a observar e a reproduzir o que, mais tarde, se transformaria em vidro. Isso teria ocorrido há mais de 2 mil anos antes de Cristo.
O fenômeno se deu com o aquecimento e fusão da sílica pela ação de um raio, formando uma placa fina e translúcida de vidro. Porém, os faraós egípcios já levavam o vidro às suas tumbas em formas de utensílios, adornos e objetos cerimoniais há mais tempo que os fenícios.
Também se diz que os sírios foram os responsáveis pela técnica do vidro soprado, o que revolucionou a atividade vidreira. Ganhou qualidade, melhorou acabamento, aprimorou a beleza e aumentou a diversidade dos produtos, especialmente os de vidro oco, como frascos e garrafas. Os romanos trataram de difundir a técnica e tiraram dela o melhor proveito mercantil. A fabricação de chapas de vidro era mais complexa e só existia nas casas patrícias e nas igrejas.
No Brasil a primeira fábrica de vidros surgiu em 1810, em Salvador. Montada por Francisco Ignácio de Siqueira Nobre, com a autorização do regente D. João, recém-chegado ao Brasil, a Real Fábrica de Vidros da Bahia não teve vida longa, pois foi atingida pelos conflitos e combates da Independência, que ferviam no Estado baiano.
Composições do vidro:
Sílica (SiO2) - 72% Matéria prima básica (areia) com função vitrificante.
Alumina (Al2O3) - 0,7% Aumenta a resistência mecânica.
Sódio (Na2SO4) - 14% Aumenta a resistência mecânica.
Cálcio (CaO) - 9% Proporciona estabilidade ao vidro contra ataques de agentes atmosféricos.
Magnésio (MgO) - 4% Garante resistência ao vidro para suportar mudanças bruscas de temperatura e aumenta a resistência mecânica.
Potássio (K2O) - 0,3%
Os vidros coloridos são produzidos acrescentando-se à composição, corantes como o Selênio (Se), Óxido de Ferro (Fe2O3) e Cobalto (Co3O4) para atingir as diferentes cores.
Características e